Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Respingar

04.10.16

arca miudas.jpg

Quando compramos a casa, estava cheia de coisas e assim foi ficando, até que as obras se aproximavam e tivemos que seleccionar o que guardávamos e o que dávamos. Nos anexos ficaram alguns móveis que agora têm saído de lá para uma nova oportunidade. No quarto das miúdas montámos um roupeiro que guardámos e já está operacional. No nosso, uma cómoda da mesma mobília, porque elas já tinham uma. No escritório, uma mesa de pés torneados que ainda tem que ser reforçada. Na sala da costura um bar (?) de madeira escurecida. E ainda existem outras coisas para restaurar. Agora é a arca de madeira que vou pintar para colocar no quarto das miúdas para guardar os brinquedos.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Apesar de pagarmos os sacos de plástico na caixa do supermercado e de isso ter, realmente e finalmente, incutido toda uma nova dinâmica na ida às compras (Não te esqueças do saco!), ainda há muito saco que vem connosco para casa. São os sacos do legumes, da fruta, do pão, já para não falar em plásticos de envolver pacotes de leite e outros. Muitas vezes levo as coisas no cesto para o balcão sem saco, apesar do olhar admirado da operadora de caixa. Contudo, ainda alguns chegam a casa. E o que fazer com eles? Não chegam para colocar no caixote do lixo. Se calhar tenho que arranjar um mais pequeno... muitos acabam na reciclagem sem qualquer uso prévio. Vem isto tudo a propósito de duas imagens que encontrei pelo pinterest. A primeira mostra como usar sacos de plástico transparentes para congelar legumes no frigorifico, fechando-os com uma tampa de uma garrafa pet e a segunda como usar as próprias garrafas de água vazias com muito glamour. Ficam as dicas!

reciclar plástico.jpg

Autoria e outros dados (tags, etc)

is.jpg

Depois de limpar bem o chão para tirar os restos do cimento branco das juntas, com uma lixa fininha e água, limpei todas as manchas visíveis. Depois de seco, aplica-se um hidrófugo em duas camadas com 24 horas de intervalos. Por fim, aplica-se a cera, também duas vezes. No final aconselho a passar a cera com um pano limpo para eliminar as irregularidades do pincel e dar brilho! O chão antigo (preto e branco) que veio de um antigo centro de saúde não ficou tão bonito como os outros porque há manchas que não saem, mas sabe bem saber que o salvámos do lixo.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Tesouros da casa

04.04.16

tecidos tesouros.jpg

No anexo dentro de uma arca encontrei uma colecção de tecidos, durante a primeira arrumação que demos às coisas, guardei-os para ver o que lhes fazia depois. Alguns eram apenas retalhos mas que já usei para umas almofadas com sementes de trigo para aquecer os pés. A semana passada tive tempo para dar uma segunda arrumação ao anexo e os tecidos vieram outra vez parar às minhas mãos. Não resisti, trouxe alguns para lavar e dar-lhes uso: uma lona azul e uma rosa às riscas, um burel castanho muito macio, um pedaço de linho branco e um tecido fluído cor de ganga. O tecido azul forte vai servir para uns pares de calções para as miúdas do livro Happy homemade vol. 5 (um livro de modelos em japonês que comprei há uns 2 anos na Retrosaria). Pode ser que ainda dê para fazer qualquer coisa para mim...

Autoria e outros dados (tags, etc)

janelas velhas_portadas novas.jpg

As janelas velhas vão ser transformadas em portadas. Começámos ontem a remover os vidros e as massas para depois colocar contraplacado a fazer a almofada opaca.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Porque não pode esta imagem continuar sempre igual? Porque não pode. Aliás esta imagem, tirada do livro Arquitectura Tradicional Portuguesa de Ernesto Veiga de Oliveira e Fernando Galhano de uma rua numa vila do Alentejo na década de 50 do século XX, já não existe. O arruamento existe, mas está tão diferente que apenas a legenda permitiu identificá-lo. Não mostro a sua imagem actual porque entre a transformação e adulteração vai um passo de gigante e uma coisa não justifica a outra. Contudo, dizia, não seria possível manter tal qual está nem isso seria uma pretensão justificável porque a transformação é necessária e é esta transformação que justificará a permanência de um edifício no tempo. Ou seja, ainda que o património arquitectónico (e não só) seja a menina dos meus olhos não acredito que preservação de determinado edifício passe pela musealização. Acredito, e deixando de lado exemplares únicos que merecem especial atenção e uma cuidada reflexão, a maioria dos edifícios que compõem as áreas urbanas terão que ser necessariamente actualizados para servir a vida contemporânea. Contudo, isto não deve ser usado como desculpa para a adulteração completa de um local.

arq trad port.png

PS: nunca pensei conseguir chegar ao post #100!

Autoria e outros dados (tags, etc)

As janelas...

28.10.15

janela exterior.jpg

são de madeira escura e a ideia era pintá-las de branco como as portas interiores. Mas são de vidro simples, algumas estão empenadas e com fissuras e nos dias de vento deixam entrar uma aragem muito jeitosa. Então, depois de muito reflectir decidimos substitui-las por PVC branco com vidro duplo. Mas, continuávamos com pena de deitar as janelas fora, porque muitas delas ainda estão em muito bom estado. Além disso, mudávamos as janelas, mas a caixa de estore ficava a deixar entrar o frio e o ruído, porque quando há caixas de estore, os caixilhos não são os únicos culpados. Então, o homem lembrou-se: e se mantivéssemos as janelas de madeira a fazer de portadas interiores e colocássemos as janelas à frente do estores, pelo exterior? Realmente, depois de tirar umas medidas e falar com o instalador, é possível. Por isso, os caixilhos de madeira vão ser aproveitados. Mantêm-se os aros fixos, a peça de madeira de peitoril trabalhado e no lugar do vidro temos que desenhar e colocar umas almofadas de madeira. Depois, como queremos os interiores brancos, mas as portas exteriores escuras, vamos pintar as portadas (as velhas janelas) de branco por dentro. Os estores de alumínio cinza ficam, mas já não há entrada de ar ou ruído pela caixa de estore, uma vez que o caixilho de PVC ficará do lado de fora do estore.

Autoria e outros dados (tags, etc)

A herança...

09.10.15

sala sup.jpg

Quando compramos a casa, ela estava recheada de coisas que não eram nossas. Haviam figuras religiosas espalhadas que assustaram a minha filha mais velha. Pensámos sempre que os anteriores donos as fossem buscar, mas elas foram ficando, o projecto foi avançando e as obras iam começar. Tivemos que por mãos à obra e “limpar” a casa. Nesta limpeza descobrimos verdadeiros tesouros (ainda que sem valor monetário). Algumas coisas oferecemos a amigos, outras ao museu local e outras vamos reaproveitar. São móveis e pequenos objectos, principalmente de cozinha, como frascos, pratos, taças, formas para bolos, a que daremos uma vida nova. Com esta limpeza descobrimos cartas, postais, fotografias, recortes de jornais e um livro de receitas manuscrito, que nos deu a conhecer um pouco da história da família que aqui viveu. Depois, falando com este e aquele fomos construindo uma árvore genealógica de uma família que veio do campo para a vila e que possuiu um lagar de azeite. Com as obras a decorrer e a casa esburacada, começamos a moldá-la ao nosso gosto. Estamos a domesticá-la, mas, por vezes, ainda não nos parece nossa, falta qualquer coisa... E quando usamos os objectos esquecidos, como por exemplo o rádio “National Panasonic”, dizemos sempre que é “herança” como se fizéssemos parte da família…

Autoria e outros dados (tags, etc)

A propósito do último número da publicação a+t architecture publishers "RECLAIM Remediate Reuse Recycle" lembrei-me de um manifesto que imprimi há um par de anos e colei na minha sala de trabalho. O manifesto redigido pela Platform 21 colocou na ordem do dia a importância de reutilizar os objectos, ao invém de os largar num qualquer contentor de reciclagem. Efectivamente, se reciclar é importante, seria mais importante que os produtos, as máquinas e os objectos fossem produzidos para permanecer connosco muito tempo e por isso fosse óbvio repará-los. Podemos falar de sapatos, de telemóveis ou de casas. Actualmente, a cultura da "loja chinesa" (e não só!) promove uma atitude contrária. Como facilmente se compra um par de sapatos ou um prato, não se reflecte sobre a sua qualidade e a necessidade de ter este ou aquele objecto. Pode-se ler naquele documento: Platform 21 = Repairing started with the idea that repair is underestimated as a creative, cultural and economic force. If we don’t consider repair a contemporary activity we will loose an incredibly rich body of knowledge – one that contributes to human independence and pleasure. Em arquitectura, a substituição de uma parede gera resíduos que têm que ser tratados (primeiro desperdício) e depois exige um novo investimento se for necessário refazer (desperdício a dobrar!), mas reparar (por exemplo uma parede de terra) é um problema por falta de mão de obra qualificada. (Continua...)

repair manifesto.jpg

* título retirado da Platform 21 a propósito do Manifesto.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Os louceiros

26.06.15

louceiro1.jpg

louceiro2.jpg

velhos que depois de reparados e pintados vão embelezar a sala e a cozinha da casa.

Autoria e outros dados (tags, etc)



Arquivo

  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2017
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2016
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2015
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D