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Tudo sobre a mudança para o n.º 43 da Rua Machado dos Santos.
Construir uma "barraca" é uma das actividades preferidas da minha filha mais velha, que acaba sempre por sobrar para a mãe ou para o pai. Umas cadeiras, uma manta e uma almofada e constrói-se uma estrutura provisória para brincar ao faz de conta. Já lhe fizemos uma casa numa caixa de um electrodoméstico, mas na fase do "deixa a fralda" ela foi usada para fazer um xixi e foi o seu fim! De vez em quando volta novamente à carga a pedir uma casinha... entre os pedidos está uma ida à loja do sr. Rodrigues buscar uma caixa e uma casa na árvore (de que já falei aqui). Mas ando com vontade de lhe fazer uma tenda teepee só não sei ainda muito bem como. Há as clássicas, as de madeira para o jardim, as menos óbvias com canas e fitas e as mais complexas que parecem mesmo uma tenda de índio.
Imagens daqui.
Um projecto DIY para o quarto da criançada... muito simples e que vai fazer as delícias delas, especialmente nos dias de chuva! É quase um parque dentro de casa. Duas paletes fixas à parede e trapilho colorido para tornar os "degraus" mais macios é o que é preciso. Coloca-se um grande colchão no chão e toca a saltar!
Tutorial aqui.
"As crianças têm menos capacidade de coordenação, menos capacidade de perceção espacial, têm de facto menor prazer de utilizar o corpo em esforço, têm uma dificuldade de jogo em grupo, de ter possibilidades de ter aqueles jogos que fazem parte da idade. Ao mesmo tempo, institucionalizou-se muito a escola. Nós hoje temos as crianças sentadas durante muito tempo, não há uma política efetiva adequada de recreios escolares. Os recreios são organizados muitas vezes em função de um modelo de trabalho, ou de um modelo de funcionamento pedagógico, que tem a ver mais com as aprendizagens pedagógicas obrigatórias ou consideradas úteis, e muito menos com as atividades do corpo em movimento. E, por isso, há alguns trabalhos de investigação que temos vindo a fazer, onde tentamos mostrar a correlação entre o tempo que as crianças têm de recreio, a qualidade de actividade que fazem no recreio e a capacidade de aprendizagem na sala de aula." Dr. Carlos Neto em entrevista ao Observador.
A propósito deste artigo do Observador amplamente divulgado pelas redes sociais sobre o modo como estamos a criar as crianças, recordo-me sempre das dificuldades que enfrentei para desenhar uma escola e um parque infantil. Areia não! Escadas não! As árvores são perigosas porque as crianças podem trepar! E, ainda por cima, fazem "lixo"! Lixo? A sério? Agora são as árvores que fazem lixo? Ou somos nós quando atiramos papéis para o chão? Depois recordo-me dos dias que a minha filha com 5 anos chega a casa e diz que não foram brincar para o recreio porque estava frio! E depois chegam-nos estas imagens de outros locais e outras filosofias que me deixam desanimada com este Portugal! Gostava que pudéssemos construir uma outra Escola, em que as prioridades fossem diferentes dos números e das estatísticas....São projectos que vale a pena conhecer!
Um Jardim de infância em Berlim. Mais imagens aqui. Uma escola com árvores para trepar (suspiro!). Aqui mandavam-nas cortar e passavam a servir de banco. Um armário alto onde se pode subir sem guardas! (novo suspiro)
Uma escola com uma rede no recreio e em que este elemento tornou-se a imagem de marca. Para conhecer melhor o projecto.
Um jardim infantil em Copenhaga que parece um barco naufragado, num país onde as temperaturas são bem mais baixas que as nossas... mas a miudagem pode andar na rua o ano inteiro! Mesmo quando está a nevar! (suspira novamente) Mais imagens aqui.
Uma casa na árvore é mais um pedido da mais velha (com 5 anos sonhar é a coisa mais importante). Esta é uma casa num muro numa habitação em Pombal dos Deux Architects. Não consegui reunir mais informação do projecto, mas julgo que é uma ideia fantástica e muito bem executada. Gostava de ser criança outra vez! As imagens são do site Últimas reportagens do fotógrafo Fernando Guerra.
Mais imagens aqui.