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Tudo sobre a mudança para o n.º 43 da Rua Machado dos Santos.
Um passeio por Leiria reacendeu a discussão à volta da cor a aplicar nas fachadas, com a miúda mais velha a dizer que bom bom era ser em cor-de-rosa (claro! pergunta parva!)
Depois de muito pensar, reflectir e ver muitas imagens, consigo perceber porque se cai no branco fácil! Isto de escolher uma cor para aplicar na fachada não é coisa fácil. Mas branco não é solução, porque quando as molduras e os socos são de pedra clara, os panos devem ser coloridos para que se consiga algum contraste. Este é um exemplo em Mértola.(daqui)
Depois há que pensar no local. Numa vila alentejana reinam os amarelos e os azuis (como não podia deixar de ser!), mas outras cores povoaram este local antes da "ditadura do gosto" pelo branco. Cores como o verde, o rosa e o laranja ainda se identificam nos edifícios desta vila.
A casa tem as paredes exteriores pintadas de cinzento com uma tinta de membrana que causa bastantes danos no interior da alvenaria de tijolo (maciço?). Este tipo de tinta de membrana elástica não permite a troca de humidades entre o interior das alvenarias e o ambiente exterior com a agravante que qualquer fissura é um ponto de entrada de água (a água entra sempre!) e depois não há modo de sair porque a tinta não permite a evaporação desta humidade que vai permanecendo no interior. Por vezes arranja maneira de migrar até ao interior, à outra face do paramento de alvenaria, promovendo zonas escuras e mesmo destacamentos. Outra vezes promove a degradação dos rebocos exteriores com esfarelamento. Por estes motivos, e também por razões estéticas, a camada de tinta vai ser removida, vão ser reparadas as fissuras, eventualmente existentes, e será aplicada uma tinta de silicatos que já usámos em diferentes obras e que se tem revelado um bom investimento. Contudo falta decidir um aspecto essencial. Que cor aplicar?
Andamos a coleccionar imagens para decidir as cores das paredes... mais imagens