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Tudo sobre a mudança para o n.º 43 da Rua Machado dos Santos.
Por estes dias o trabalho avança com a lentidão própria deste tipo de tarefas. Preparar os móveis para pintar, limpar os mosaicos hidráulicos velhos para aplicar. Lixa, trincha, máscara, torno, rebarbadora, óculos de protecção...
Fomos ver o processo de fabrico dos mosaicos hidráulicos na fábrica em Montemor-o-novo. É um trabalho manual. Existe uma "receita" para cada cor, apontada manualmente num bloco improvisado. Para além do pigmento da cor em pó (uma ou mais) junta-se pó de mármore e cimento branco. Depois, com recurso a moldes fabricados para o efeito, despejam-se as cores nas áreas definidas dentro de uma caixa. Faz-se o tardoz com uma massa de cimento escuro, fecha-se a caixa e, por fim, leva-se à prensa que foi desenhada para o efeito.
Depois de cada mosaico lavam-se muito bem os moldes e a caixa para evitar contaminação na superficie do mosaico com restos de material do anterior. Podem trabalhar quatro pessoas em simultâneo na mesma bancada a fazer peças diferentes com cores ou desenhos diferentes. Era um ambiente cheio de pó que se acumulava nas superfícies semi-polidas dos mosaicos encobrindo cores.
Depois os mosaicos são submersos em água cerca de 24 horas para que o cimento faça presa (endureça). Por último, as peças são arrumadas uma a uma em caixas construídas para o efeito. As faces não se tocam e ficam a secar ao ar antes de ser embaladas em cartão e entregues.
Fomos visitar a Somor em Montemor-o-Novo para fazer a encomenda dos mosaicos. Ficou prometida nova visita para acompanhar a produção. Ao vivo ainda são mais bonitos. Quase que apetece inventar mais pavimentos para forrar!
Mal podemos esperar para ver a encomenda!
Ia para o lixo, mas vai servir de pavimento em duas instalações sanitárias. Depois de limpo e polido, deve ficar fantástico.