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Tudo sobre a mudança para o n.º 43 da Rua Machado dos Santos.
Porque não pode esta imagem continuar sempre igual? Porque não pode. Aliás esta imagem, tirada do livro Arquitectura Tradicional Portuguesa de Ernesto Veiga de Oliveira e Fernando Galhano de uma rua numa vila do Alentejo na década de 50 do século XX, já não existe. O arruamento existe, mas está tão diferente que apenas a legenda permitiu identificá-lo. Não mostro a sua imagem actual porque entre a transformação e adulteração vai um passo de gigante e uma coisa não justifica a outra. Contudo, dizia, não seria possível manter tal qual está nem isso seria uma pretensão justificável porque a transformação é necessária e é esta transformação que justificará a permanência de um edifício no tempo. Ou seja, ainda que o património arquitectónico (e não só) seja a menina dos meus olhos não acredito que preservação de determinado edifício passe pela musealização. Acredito, e deixando de lado exemplares únicos que merecem especial atenção e uma cuidada reflexão, a maioria dos edifícios que compõem as áreas urbanas terão que ser necessariamente actualizados para servir a vida contemporânea. Contudo, isto não deve ser usado como desculpa para a adulteração completa de um local.
PS: nunca pensei conseguir chegar ao post #100!
Do Algarve vieram uns pináculos cerâmicos para rematar as novas chaminés da casa. Uma para o recuperador de calor e outra para a cozinha (que não tinha!).