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Tudo sobre a mudança para o n.º 43 da Rua Machado dos Santos.
Demorou, mas finalmente está colocado no teto da sala. Desenhámos, comprámos os casquilhos e florões na light-e-store, fomos ter com os responsáveis pelo aquecimento em tubos de cobre e pedimos-lhes que soldassem as peças. O homem montou a parte elétrica, as miúdas ajudaram a lixar com lã de aço e vinagre para dar o brilho ao cobre e, empoleirados em dois escadotes, prendemos o candeeiro no teto. Está fantástico!
esta é que era, mas as árvores ainda estão pequenas demais!
O terraço está pavimentado com a tijoleira de Santa Catarina, em Tavira, mas falta ainda o logradouro todo...
As resoluções ficam para depois...
O início do ano foi passado no quintal a plantar árvores e arbustos de fruto - dois medronheiros, um mirtilleiro, um abacateiro, uma amoreira, um castanheiro e outras árvores para sombra - um jacarandá, uma amoreira, duas espécies de Acer, três espécies diferentes de carvalho, um freixo e uma tília (que veio da tília da nossa antiga casa). Quando compramos a casa, já lá estava um limoeiro, uma laranjeira e uma tangerineira. Entretanto, já tínhamos plantado dois damasqueiros.
As miúdas participaram na tarefa e soube tão bem! Já estamos ansiosos que as árvores comecem a dar frutos. Ainda estamos a pensar em plantar mais árvores, entre elas, umas cerejeiras, e arranjar umas áreas para plantas ervas aromáticas!
2016 foi o ano da mudança de casa, foi um ano cansativo, muito mesmo, porque fazer obras com as nossas "mãos", mesmo que com ajuda de terceiros... comprar material, compatibilizar as tarefas e as diferentes especialidades é complexo. E ainda não acabou! Foi ano em que decidimos abrir o alojamento local Casa da Laranjeira e, apesar do trabalho extra, tem sido compensador.
Uma das coisas menos boas deste ano foi o tempo que dispensamos na obra, os dias de férias, as tarde após o emprego, que foi roubado ao tempo que devíamos passar com as miúdas. Mas, foi o que tinha que ser e este é o ano da desforra! Houve coisas na obra que correram menos bem. Por exemplo, o verniz que utilizámos é fraco e nas áreas de maior uso - na zona da mesa da sala - está a saltar o que me leva a pensar que este verão vou removê-lo e aplicar outro. (Se alguém souber de um bom verniz!). Mas estamos claramente melhores que na nossa anterior casa. Passamos por cá o Natal com o avós todos reunidos e as miúdas andam radiantes e mais crescidas. Foi nesta casa que a mais pequena perdeu a chucha para nunca mais a encontrar (encontrei eu há 2 dias quando me dedicava a arrumar o quarto delas!) e nunca mais "precisou" dela! A mais velha aprendeu a ler e a escrever e há sempre um momento do dia que passamos a treinar estas novas competências! Que o ano de 2017 seja menos cansativo mas que venha recheado de novos desafios!
Digo "a árvore" porque é junto a esta que vamos tirar uma fotografia anual, como fazíamos junto da Tília na outra casa. Desde o dia que a plantámos que vem sendo tradição juntar a família em frente à árvore e colocar a máquina fotográfica em equilíbrio e o timer ligado para uma série de fotos que vão sendo penduradas na parede. Afinal plantámos um Liquidâmbar, porque não encontrámos a outra que tínhamos em mente. Esta árvore tem uma copa cônica a piramidal e grande porte. Uma característica distintiva desta árvore são as suas folhas de aspecto estrelado. Durante a primavera e verão as folhas tem a cor verde-escura, mas no outono elas atingem diferentes tonalidades de verde claro, amarelo, laranja e vermelho, muitas vezes de forma simultânea. As miúdas participaram entusiasticamente na tarefa, com a pá, o ancinho e a vassoura na mão a encher o canteiro.
Há um ano andávamos a carregar entulho. Foi um ano duro, com poucos tempos mortos, em que havia sempre o que fazer. A obra não está pronta, no quintal continua o monte de areia e as molduras com fotografias continuam fechadas em dois sacos. Mas, o Natal está a chegar e esta altura do ano pede descanso e festas com a família e os amigos. O que interessa é que a casa está muito confortável, a mais velha está a aprender a ler e a mais nova anda muito feliz na nova escola, o resto vai-se fazendo...
Aos poucos a casa vai ficando mais confortável. Apesar dos quadros e das fotografias que continuam por pendurar e do eco que se faz ouvir nalguns espaços, as paredes brancas e o pavimento sem tapetes fazem todo o sentido. Já me sinto em casa novamente e as rotinas começam a estar instaladas. A falta de espaço para brincar e inventar era uma das coisas que nos queixavamos na casa anterior. Agora tudo nos parece enorme, porque está vazio e porque é, de facto, muito maior. Aos poucos, suponho, que os vazios vão sendo ocupados, mas não quero uma casa para andar a desviar-me dos móveis... para isso tinha ficado na outra. A casa com espaços vazios faz todo sentido, porque transformáveis e moldáveis a diferentes ocasiões que era algo impensável antes. Por outro lado, montar uma casa como as das revistas de decoração ou ao estilo "Querido mudei a Casa" em que compram tudo, até a moldura vazia por encher, parece um absurdo e não se encaixa na minha forma de viver... Com o passar dos anos, compraremos o que fizer realmente falta ou aquele objecto que encaixará naquele lugar especial.
Ainda não compramos as cadeiras da sala que temos pensado. Já vendemos as que tínhamos na casa antiga porque iam riscar o chão de madeira. Assim, recorremos ao que havia. Duas cadeiras Tripp Trapp compradas em segunda mão no OLX para as miúdas e que continuam a fazer todo o sentido para elas. Duas cadeiras que estavam encostadas na garagem e que já tinham sido do avô, foram reforçadas e novamente forradas. Duas cadeiras com forro em tecido que faziam parte das mobílias de quarto desta casa e umas cadeiras estilo vintage com forro em pele preto. Lembrei disto quando vi esta imagem e fez-me reflectir sobre a real necessidade de comprar cadeiras novas. A imagem é daqui.
Quando compramos a casa, estava cheia de coisas e assim foi ficando, até que as obras se aproximavam e tivemos que seleccionar o que guardávamos e o que dávamos. Nos anexos ficaram alguns móveis que agora têm saído de lá para uma nova oportunidade. No quarto das miúdas montámos um roupeiro que guardámos e já está operacional. No nosso, uma cómoda da mesma mobília, porque elas já tinham uma. No escritório, uma mesa de pés torneados que ainda tem que ser reforçada. Na sala da costura um bar (?) de madeira escurecida. E ainda existem outras coisas para restaurar. Agora é a arca de madeira que vou pintar para colocar no quarto das miúdas para guardar os brinquedos.